domingo, 14 de outubro de 2018

Novena a São Paulo da Cruz - 5º dia



Paciência de São Paulo da Cruz

I.                     Consideremos que, como a humildade, foi heróica a paciência do Santo. Nas suas freqüentes e dolorosas enfermidades, com o pensamento voltado às penas do seu amado Redentor, sofria de boa vontade qualquer ultraje , bem conhecendo o precioso tesouro do sofrimento somente por amor dele que, com infinita mansidão tanto sofreu por nosso amor.  Suportando com perfeita resignação angústias e desgraças , jamais abriu a boca, nem demonstrou o mínimo sinal de impaciência. Miseráveis de nós, que não sabemos suportar o menor mal, e em nossas adversidades nunca adoramos a vontade de Deus, com plena resignação  da nossa. !...Ó Jesus, verdadeiro Deus de paciência, pelos méritos de vosso servo, concedei-nos aquela perfeita resignação, que é o verdadeiro distintivo das almas eleitas.                     
Pai Nosso

II.                    Consideremos que o mundo e o inferno concorreram, para tornar o nosso Santo um verdadeiro herói de paciência. Fundador de uma nova Congregação Religiosa, que lhe fora diversas vezes revelada em celestes visões, homens perversos e Satanás conspiraram juntamente para impedi-lo; e tais foram as dolorosas penúrias à que reduziram o Santo fundador, tantas as angústias, com as quais o afligiram, que devia repetir com o Apóstolo: Estou em continuo sofrimento, sem nenhum descanso, nem por dentro, nem por fora.. Ele todavia com fortaleza e coragem, que tirava da meditação da crudelíssima contradição que o Divino Redentor sustentou dos pecadores, reprimia todo ressentimento; e quanto mais pesados eram os golpes que recebia, tanto mais sólida se tornava a sua paciência. Ó Senhor, socorrei a nossa debilidade com a força da vossa santa Paixão; e pela heróica paciência do vosso Servo, concedei-nos vencer a guerra, que nos move o mundo e o inferno, conjurados para nossa ruína espiritual.                          Ave Maria

III.                  Consideremos a generosidade, que o nosso pacientíssimo Santo usou para com os perseguidores. Tendo aprendido do Senhor Crucificado a padecer e calar, e a retribuir o bem pelo mal, surdo às injúrias, mudo à defesa, imperturbável a todo maltrato, praticou sempre quanto ensina o Apóstolo: “Não vos deixeis vencer pelo mal, mas triunfa do mal, pelo bem.” Portanto, perdoou a quem o ofendia, amou a quem o odiava, acolheu com sinceras demonstrações de afeto os seus adversários; e considerando-os como seus benfeitores, fez-lhes o maior bem. Ó Redentor amantíssimo, fazei-nos entender bem esta verdade, que um cristão, vosso verdadeiro seguidor, não pode ser inimigo de quem quer que seja, devendo amor a todos como irmãos; e pelos méritos do vosso servo, concedei-nos uma paciente caridade, que tudo suporta, tudo perdoa, a todos olha em Deus, e a todos beneficia.           Glória ao Pai!

Oração para todos os dias da novena
Ó glorioso São Paulo da Cruz, que fostes na terra espelho de inocência e exemplar de penitência! Ó herói de santidade, escolhido por Deus para meditar dia e noite a dolorosíssima Paixão de seu Filho Unigênito e para propagar no mundo esta devoção com a palavra, com o exemplo e por meio do vosso Instituto! Ó apóstolo poderoso em palavras e obras, que passastes a vida a conduzir ao pés do crucifixo as almas transviadas de tantos míseros pecadores, lá do céu volvei os olhos para a minha alma e ouvi, propício, as minhas súplicas. Alcançai-me um amor tão grande a Jesus Crucificado que, meditando continuamente em suas dores, faça meus os seus sofrimentos, reconheça nas profundas chagas do meu divino Salvador a malícia dos meus pecados e nelas vá haurir, como em fontes de salvação, a graça de os chorar amargamente e uma vontade eficaz de vos imitar na penitência, já que não soube imitar-vos na inocência.
Alcançai-me também, ó glorioso Santo, a graça que, prostrado aqui aos vosso pés, mais particularmente e instantemente vos peço............. Impetrai à Santa Igreja, nossa mãe, a vitória sobre os seus inimigos, aos pecadores a conversão, aos hereges e, especialmente à Inglaterra, pela qual tanto orastes, o regresso à Fé Católica.
Finalmente alcançai-me de Deus uma boa e santa morte, para que um dia possa ir gozar convosco no céu por toda a eternidade. Assim seja.