Humildade de São Paulo da Cruz
I. Consideremos que São Paulo da Cruz meditando continuamente sobre o seu Redentor padecente, humilhado por nosso amor, até à morte de Cruz, teve desejo vivíssimo de tornar-se, também ele, “o opróbrio dos homens e o rebotalho da plebe”. E o amoroso Redentor, comprazendo-se desse desejo, depois de havê-lo ensinado a respeito da virtude da humildade, a ele tão cara, tornou-o humilde ...potente em obras e palavras, tinha sempre os olhos fixos na sua miséria, e dava a Deus só , toda a glória. Ó piedoso Senhor, que fizeste Paulo um tão raro modelo de santa humildade, oh!, sarai a nossa desacordo com a vossa graça; e pelos méritos do vosso Servo, fazei que também nós, aprendamos a sermos mansos e humildes de coração.
Pai nosso
II. Consideremos quanto foi profunda a humildade do nosso Santo. Persuadido, por luz celeste, que o abaixar-se em espírito é aquilo que mais agrada ao excelso Filho de Deus, desprezou-se a si mesmo e se teve por vil, tendo-se em conta de nada. Por isso não consentiu nunca algum pensamento de vaidade, de ambição, de soberba, mas teve sempre de si o mais baixo conceito. Ó grande rei das almas humildes, quão diferente de nós o vosso Paulo! Ele inocente e nós pecadores; ele adornado de virtudes, e nós carregados de vícios; ele rico de tantos dons, e nos circundados de tantas misérias; Todavia, ele humilíssimo, e nós soberbos!...Oh! compadecei-vos da nossa infelicidade, e pelos méritos de tão grande santo, concedei-nos aquele conhecimento do nosso nada, indispensável para adquirir a verdadeira humildade.
Ave Maria
III. Consideremos como a verdadeira humildade de coração do nosso Santo aparece externamente com as obras. Habituado desde os mais tenros anos, a meditar as penas e opróbrios do filho de Deus humanado, não só fugia de toda sombra de glória, escondendo-se com santa indústria os dons celestes, dos quais fora enriquecido, mas andava à procura de afrontas e de desprezo. Ó apaixonado Redentor, que será de nós, no vosso juízo? De nós que somos tão fáceis ressentir-nos de qualquer injúria e de fazer barulho por qualquer ultraje? Ó perdoai-nos, por piedade; e pelos méritos do vosso servo, infundi-nos tal espírito de verdadeira humildade, que desprezando-nos a nós mesmos aqui na terra, mereçamos um dia sermos glorificados no Céu. Glória ao Pai
Oração para todos os dias da novena
Ó glorioso São Paulo da Cruz, que fostes na terra espelho de inocência e exemplar de penitência! Ó herói de santidade, escolhido por Deus para meditar dia e noite a dolorosíssima Paixão de seu Filho Unigênito e para propagar no mundo esta devoção com a palavra, com o exemplo e por meio do vosso Instituto! Ó apóstolo poderoso em palavras e obras, que passastes a vida a conduzir ao pés do crucifixo as almas transviadas de tantos míseros pecadores, lá do céu volvei os olhos para a minha alma e ouvi, propício, as minhas súplicas. Alcançai-me um amor tão grande a Jesus Crucificado que, meditando continuamente em suas dores, faça meus os seus sofrimentos, reconheça nas profundas chagas do meu divino Salvador a malícia dos meus pecados e nelas vá haurir, como em fontes de salvação, a graça de os chorar amargamente e uma vontade eficaz de vos imitar na penitência, já que não soube imitar-vos na inocência.
Alcançai-me também, ó glorioso Santo, a graça que, prostrado aqui aos vosso pés, mais particularmente e instantemente vos peço............. Impetrai à Santa Igreja, nossa mãe, a vitória sobre os seus inimigos, aos pecadores a conversão, aos hereges e, especialmente à Inglaterra, pela qual tanto orastes, o regresso à Fé Católica.
Finalmente alcançai-me de Deus uma boa e santa morte, para que um dia possa ir gozar convosco no céu por toda a eternidade. Assim seja.