Sexta feira, dia especial para toda(o) Passionista! Dia em que recordamos o amor infinito de Deus por nós, que veio habitar no meio de nós, tomou a nossa carne e se entregou por nosso amor... Dia de meditar este amor levado aos extremos da sua entrega total na Cruz! Aproveitemos o dia de hoje para fazermos a via sacra e meditemos este caminho de amor percorrido por Jesus com o auxílio de uma Monja Passionista, espanhola, que tão bem soube viver o nosso carisma: Madre Soledad:
“Percorrei a Via Sacra de Jesus para que seja
bem
esculpida no coração esta Santíssima
Paixão, e encontre o remédio e a coragem
para
praticar a virtude e obter as graças para as
diversas circunstâncias da vida”
Madre Soledad, CP
VIA SACRA PARA AS ALMAS UNIDAS
ORAÇÃO INICIAL
“Ato de Abandono”
Meu
Deus e Pai, dou-me a vós sem reserva, para que faça de mim e das minhas coisas
o que seja para vossa maior glória. Quero que a minha oferta seja total, perpétua, invariável. Aceito, a
partir de agora, não somente com submissão, mas com livre eleição de vontade,
as adoráveis disposições da vossa providência sobre minha pobre pessoa,
convencida de que este é o meio mais seguro para vos ser agradável e conseguir
o grau de santidade a qual me chamaste. Não temo os rigores da vossa justiça
porque sois meu Pai e meu Redentor, e não podeis deixar de amar em mim a alma
arrependida que não terá outra momento para vos ver um dia nos esplendores de
vossa glória no céu e vos amar por toda a eternidade.
Minha
Mãe, fazei que eu seja fiel a Jesus [ e
percorra com Ele a Via Sacra]. Amem.
I Estação:
JESUS É CONDENADO A MORTE
Senhor,
por vosso amor, quero me condenar a morte, me destinar ao sacrifício, celebrar
a cada dia a minha Missa com a oblação de todo meu ser e o louvor do meu
coração. Fazei que não nutra afetos sensíveis que me impeçam de fazer-me hóstia
e vinho para o altar.
II Estação:
JESUS CARREGA A CRUZ
Vós
tomastes a cruz, e eu quero imprimi-la no meu espírito, no meu corpo, no meu
coração: que não entretenha, nem passe nos prazeres que me tornam incapaz de
contentar-me somente de vós; que eu participe de vossas dores... que aspire
completar a vossa paixão.
III Estação:
JESUS CAI PELA 1ª VEZ
O sacerdote beija o altar... e Jesus beijou o solo,
altar de sua oferta! Fazei, meu Deus, que saiba beijar o pó daquilo que me
humilha, daquilo que me abaixa, daquilo que me diminui. Que não busque
proeminência, e nem distinções; que coloque sempre os meus lábios nos vosso
caminho de sangue; coloque também os meus pés sobre a trilha de vossos
desprezos.
IV Estação:
JESUS ENCONTRA A MÃE
As ofertas devem passar por sua intercessão. Tomai,
Senhor, a minha vida das mãos de Maria Imaculada! Que o seu candor me
espiritualize; que a sua integridade me sustente.
V Estação:
JESUS É AJUDADO PELO CIRINEU A CARREGAR A CRUZ
Senhor, vos pedimos, aceitai-nos
como aceitaste o auxílio de Simão Cirineu sobre o Calvário! Que permitas ao
nosso amor compartir a vossa dor!
Como a gota de água que se perde
no vinho, fazei que se misture nossa oblação em um só oferta ao Pai.
VI Estação:
VERÔNICA ENXUGA A FACE DE JESUS
Um momento de decisão transcende toda a vida... é a
hora do suscipe corajoso.... Alma de
generosidade – linho branco do altar – desapegada de tudo, sem os vínculos da
terra... Com capacidade de ser possuía por Cristo... num contato que permita
reproduzir nela a sua Face... As aparências acidentais... mas dentro é Jesus!
VII Estação:
JESUS CAI PELA 2ª VEZ
Uma outra vez na terra... para
que eu não deixe de elevar minhas ofertas. Fazei que nenhum apetite me distraia;
que consinta em esvaziar-me de todo afeto a mim mesma; que não me assemelhe a
nenhuma criatura por nenhuma inclinação.
Que não ande buscando migalhas
de pão das criaturas; que busque somente as abundâncias da divindade.
VIII Estação:
JESUS CONSOLA AS MULHERES DE JERUSALÉM
Tenhamos na vida horas de
lembrança das almas... por aqueles que padecem, por aqueles que sofrem
rebelando-se e sem mérito...
Pelos órfãos de fé, esperança e
de amor... soframos com coração católico, que todo o mundo participe do
palpitar de nossa oblação.
IX Estação:
JESUS CAI PELA 3ª VEZ
Por terra, Senhor, na queda dos
desprezos e privações! Tomai-me toda para vós, com vós e em vós, em uma doação
de vítima pelo triunfo da vossa igreja, pela salvação, pela santidade dos
vossos sacerdotes... em consagração total pelos totalmente consagrados. Que
seja tolhido: minha vida, minha saúde, minha reputação, meus ideais! Não recuso
as fadigas do caminho se vosso toque de amor me levanta e a vossa vontade
divina me sustenta!
X Estação:
JESUS É DESPOJADO DE SUAS VESTES
Jesus
é desnudado sem lamentar-se... Como a alma deve se abandonar em silêncio por
Deus. Silenciosamente, em modesta obscuridade, a sua ação nos tira as vestes da
razão, os vestidos dos conceitos, o manto agradável do afeto e da vontade. Nudeza
no alto do Calvário! Despojamento e vazio no mais íntimo da alma que deve
desposar Cristo sobre a Cruz.
XI Estação:
JESUS É CRUCIFICADO
Jesus
colocado sobre a cruz, como uma oferta colocada com amor sobre o altar...
Coberto com o sumo do seu sangue, como um cálice ungido de crisma... Senhor,
fazei-me hóstia e vinho!... Fazei-me também altar!
Invadi-me
com uma consagração que me transforme em vós... unida, fundida, identificada...
XII Estação:
JESUS MORRE NA CRUZ
Jesus
morre sobre a Cruz. Sem explicações, sem justificações. Como blasfemo e como
sacrílego. Como impostor. Copiá-lo é morrer assim, sem ambiente, sem
compreensão, sem pressentimento do nosso Calvário, nem da nossa cruz.
Sem
reflexo de glória, nem caminho de perfeição.
Senhor!
Dai-me a graça de reproduzi-la na medida de vossos planos!... De saber expirar,
sobre o leito, perdoando, redimindo, consumando um ideal! Que abandone assim a
minha vida sem que ninguém recolha o seu gotejar... que assim se realize esta
união convosco, que a minha alma tanto deseja.
XIII Estação:
JESUS É DESCIDO DA CRUZ E ENTREGUE A SUA MÃE
Como
um cacho de uvas exprimido... mas as suas chagas ficaram abertas, uma entrada
de amor, como gotejando..., como a abertura na rocha para almas em solidão.
Senhor,
que das vossas cinco chagas saiam raios que me atraiam com ferida de fogo tão
forte, que para sempre me nutra de vosso amor!
XIV Estação: JESUS É SEPULTADO
Senhor, inacessível e
oculto, que vos colocastes vosso refúgio nas trevas! Que eu seja para vós como
o pedacinho no cálice do sacrifício!...Que tire de mim totalmente aquilo que
repugna a vossa vontade divina, que conheça a divisão e a destruição, para que,
sepultada em vós, conheça a ressurreição triunfante; que me perca, me submirja
e me abisme na vossa inefável Trindade.
ORAÇÃO FINAL
Ó
Jesus, adorando o vosso último suspiro, vos peço que recebas o meu, e na
incerteza de ter a razão livre quando sair deste mundo, vos ofereço, desde
agora, a minha agonia com todas as suas dores. Sendo vós meu Pai e meu
Salvador, deposito em vossas mãos a minha alma, desejando que o meu último
instante se una àquele de vossa morte e que a última batida do meu coração seja
um ato de puro amor a Vós.
Reza-se
um Pai Nosso, Creio e uma oração nas Intenções do Santo Padre, o Papa.
Mosteiro
Santa Gema
Av. Dr.
Altair Martins, 169 Tel: 11 3609 0553
Email: mosteiropassionistasantagema@ig. com. br
"Que a Paixão de Jesus Cristo esteja gravada em nossos corações,
como selo de amor!"São Paulo da Cruz