quinta-feira, 18 de outubro de 2018

Novena a São Paulo da Cruz - 9º dia



Morte de São Paulo da Cruz

I.                     Consideremos que o nosso Santo, teve muitas vezes, a visão do Paraíso, conhecendo quanto é possível aqui na terra, como as almas bem-aventuradas vêem a Deus, e amam com vivíssimo ardor de caridade, quase nele se transformando. Por isso olhava ele todas as coisas  terrenas como vis e desprezíveis a ponto de sentir  sempre qual um peso,  a vida:  ardia de desejo de morrer, para unir-se ao Sumo Bem, e dissedentar-se à fonte inexausta da verdadeira felicidade. Oh, misericordioso  Senhor, pelos méritos do vosso servo amantíssimo, infundi-nos uma luz celeste, que nos descubra a vaidade do mundo, e  eleve o nosso desejo  às eternas alegrias do céu. 
Pai Nosso

II.                    Consideremos que a morte do nosso Santo foi um eco precioso da sua virtuosíssima vida. Ele ansiava por  ser libertado da prisão corpórea, para voar ao céu; e por isso com o semblante plácido e a fronte serena, entre transportes de terníssimos afetos, se dispunha ao desenlace, tendo o coração sempre tranqüilo e todo aceso de amor, e a mente sempre livre e toda absorta em Deus. Chegado ao extremo, rico de méritos passou jubiloso deste mísero mundo, à sede da alegria; do exílio da terra à pátria do céu. Ó apaixonado Redentor, que tornastes o vosso Servo, em vida e em morte, um luminoso exemplo de santidade, oh fazei-me compreender com a vossa graça que, para morrer a morte dos justos, é necessário modelar a nossa vida.  
Ave Maria

III.                  Consideremos que apenas saída do corpo a bela alma do nosso Paulo, um só foi o sentimento de todos os presentes, que ele tivesse imediatamente voado ao Paraíso: e experimentaram em si a mudança da tristeza e da dor em alegria. A sua face mudou de aspecto e tornou-se belíssima: o seu corpo se manteve flexível, como vivo; a alma foi vista por várias  pessoas, na mesma hora do seu feliz trânsito, circundada de raios e jubilante rumo ao Céu. Eis a glória eterna que mereceram a São Paulo da Cruz a inocência da vida, as tribulações, os padecimentos, o zelo em promover o culto à Paixão do Redentor e a salvação das almas!... Ó nosso Redentor Divino, quanto  é verdade que não se podem comparar as penas da vida presente àquela glória, da qual Vós enriqueceis os vossos amantes na vida futura! Dai a todos nós desejarmos  conseguir as mercês, que vós prodigalizastes ao vosso Paulo. Concedei-nos pelos seus méritos a graça de reproduzir-lhe as virtudes e imitar-lhe os exemplos.
Glória.


Oração para todos os dias da novena
Ó glorioso São Paulo da Cruz, que fostes na terra espelho de inocência e exemplar de penitência! Ó herói de santidade, escolhido por Deus para meditar dia e noite a dolorosíssima Paixão de seu Filho Unigênito e para propagar no mundo esta devoção com a palavra, com o exemplo e por meio do vosso Instituto! Ó apóstolo poderoso em palavras e obras, que passastes a vida a conduzir ao pés do crucifixo as almas transviadas de tantos míseros pecadores, lá do céu volvei os olhos para a minha alma e ouvi, propício, as minhas súplicas. Alcançai-me um amor tão grande a Jesus Crucificado que, meditando continuamente em suas dores, faça meus os seus sofrimentos, reconheça nas profundas chagas do meu divino Salvador a malícia dos meus pecados e nelas vá haurir, como em fontes de salvação, a graça de os chorar amargamente e uma vontade eficaz de vos imitar na penitência, já que não soube imitar-vos na inocência.
Alcançai-me também, ó glorioso Santo, a graça que, prostrado aqui aos vosso pés, mais particularmente e instantemente vos peço............. Impetrai à Santa Igreja, nossa mãe, a vitória sobre os seus inimigos, aos pecadores a conversão, aos hereges e, especialmente à Inglaterra, pela qual tanto orastes, o regresso à Fé Católica.
Finalmente alcançai-me de Deus uma boa e santa morte, para que um dia possa ir gozar convosco no céu por toda a eternidade. Assim seja.