quarta-feira, 18 de fevereiro de 2015

Hoje iniciamos a Novena a São Gabriel da Virgem Dolorosa, reze conosco:

NOVENA A SÃO GABRIEL DE NOSSA SENHORA DAS DORES



ORAÇÃO PREPARATÓRIA PARA TODOS OS DIAS

Ó soberano Senhor e santificador das almas, prostrados ante a vossa infinita majestade, louvamos e bendizemos a incomparável grandeza e liberalidade com que elevastes São Gabriel ao supremo grau da perfeição, por meio de um amor fervorosíssimo à Rainha dos Mártires. Pelos méritos deste amantíssimo servo de Maria, pela glória de tão excelsa Senhora e de São Gabriel, imploramos a graça particular que por este exercício esperamos obter (pedir a graça) e principalmente a de imitarmos este admirável Santo, a fim de podermos conquistar a sua graça na terra e sua glória por toda eternidade. Amém.

PRIMEIRO DIA
Obediência de São Gabriel
Maria ouviu a profecia de Simeão e o seu coração foi transpassado por uma grande dor. Submeteu-se, entretanto à Ssma. Vontade do Pai, aceitando a imolação e o sacrifício do seu divino Filho. Esta dor foi mais cruel e pungente do que a morte e acompanhou a Ssma. Mãe durante toda a sua vida.
Consideremos como São Gabriel, a exemplo de Maria, viveu profundamente esta virtude que é a obediência à vontade do Pai. Obedeceu em tudo e sempre, sem diferenciar o prazer do sofrimento, embora sentindo muitas vezes repugnância e dificuldade. Os Santos de ontem e de hoje, estão convictos destas verdades evangélicas e seguem sempre resolutos o caminho da crucifixão, que é caminho da glorificação e ressurreição com Cristo. Assim fez o nosso querido coirmão.
ORAÇÃO FINAL PARA TODOS OS DIAS

Pai Nosso, Ave Maria e Glória.
ORAÇÃO FINAL
Senhor, muitas vezes temos com os nossos pecados merecido a morte do pecador em vez da do justo, mas confiando na vossa infinita misericórdia, na vossa Paixão e Morte, nas dores de Maria, nos méritos de São Gabriel, imploramos misericórdia e perdão, agora mas principalmente na hora da nossa morte para gozarmos, eternamente, com São Gabriel, a glória que nos merecestes. Amém.


SEGUNDO DIA
Desprendimento do mundo
Numa pobre casa em Belém, acompanhada pelo seu esposo São José, Maria usufruía os carinhos do seu adorado Filho, quando uma ordem de Deus os obriga a deixar repentinamente sua casa e partir para o Egito. Deixa tudo e vai com Jesus e José.
São Gabriel, à semelhança de Maria, estando em plena mocidade, onde tudo lhe sorria, deixa tudo seguindo o chamado do seu Senhor.
Se desejarmos ter esta felicidade de São Gabriel, vivamos com fidelidade o amor, esquecendo-nos de tudo o que já renunciamos: ter, ser, poder, apegando-nos unicamente no Amado. No Crucificado, com quem nos comprometemos.

TERCEIRO DIA
Amor a Deus
Maria perdeu Jesus em Jerusalém e a grande diligência em procurá-lo foi a manifestação do seu imenso amor por Ele. Jesus  era a vida de sua vida e ela não podia viver sem Ele, daí a pungente dor que a fez procurá-lo sem cessar, durante três dias. Inspirando-se na Mãe das Dores, Gabriel era um apaixonado por Deus, vivendo constantemente em sua presença. Estar em Deus era-lhe natural e isto o levou a perfeição da caridade com todos.
Com a graça de Deus e o seu esforço para praticar as santas virtudes, tornou-se um jovem caridoso e muito querido pelos coirmãos e por todos que dele se aproximavam.

QUARTO DIA
Amor a Cruz e a Penitência
Maria, quando soube que seu divino Filho, carregando a Cruz se dirigia para o Calvário, no mesmo instante saiu de casa e se encaminhou para o lugar onde Jesus deveria passar, a fim de revê-lo e participar das suas afrontas. Assim ela abraça espiritual e moralmente uma crucifixão bem mais dolorosa do que se a sofresse fisicamente.
Gabriel, apenas se conscientizou do chamado de Deus a Congregação da Paixão de Jesus Cristo, a mais austera que conhecia, aceitou o convite abraçando a Cruz.
A exemplo de São Gabriel abracemos com amor tudo aquilo que se nos apresenta no cotidiano de nossa vida, plasmando assim, a nova criatura que Deus quer para sua  maior glória e bem da Igreja de Cristo que conta conosco.

QUINTO DIA
Devoção de São Gabriel à Paixão de Cristo
O assunto predileto das meditações de São Gabriel foi sempre à presença intrépida de Maria, assistindo a terrível agonia e morte do seu divino Filho.
Este foi o segredo da sua santidade, a origem da sua perfeição e vida espiritual. Comprazia-se em acompanhar Maria até a Cruz e chorar com ela imersa no grande mar de dor e de amor de Jesus.
Gabriel era incansável no cumprimento do voto que fizera de propagar a Paixão de Cristo e as Dores de Maria Ssma. . Em seu livro de Divino Ofício conservava estas duas imagens para beijá-las e não se esquecer da “Memória Passionis”.

SEXTO DIA
Devoção de São Gabriel à Ssma. Virgem Maria
Na 6ª dor contemplamos Maria tendo nos braços maternos o corpo de Jesus descido da Cruz. Esta dor constitui o quadro mais terno e capaz de converter até o coração mais endurecido.
Desde criança Gabriel tinha um singular amor a Mãe Dolorosa, amor que se tornou depois um abismo insondável... Quando alguém se apaixona por um grande ideal, não se contém e é impelido a se expandir. Gabriel foi o apóstolo de Maria, quando dela falava era com grande eloquência. A devoção a Mãe de Deus lhe imprimiu fisionomia de todo própria; o amor saiu dele para se fundir no amor de Maria, para formar um só coração.

SÉTIMO DIA
Vida interior de São Gabriel
Maria, tendo a alma transpassada por pungentíssima dor, após as exéquias do seu divino Filho, retirou-se para casa, pensando sempre no seu Jesus, no suplício da crucifixão, lembranças que constituíam a vida do seu coração. De acordo com o sentir comum, pessoa ativa é a que se ocupa exclusivamente em obras exteriores. Descurando a atividade reflexiva, não se recolhe, não medita, não reza nem contempla a Deus.
Gabriel nos indica um caminho de vida interior profunda, vivida no interior do claustro e de todo voltada para o cumprimento dos seus deveres religiosos sendo fiel até nos mínimos detalhes.

OITAVO DIA
Caridade Fraterna de São Gabriel
Maria após a Paixão, Morte e Ressurreição de Jesus, levou uma vida oculta e a Bíblia pouco a nomeia. Em companhia do apóstolo São João, passou fazendo o bem e animando a comunidade da Igreja nascente, sem alarde e no silêncio da prece, considerando tudo o que sucedera na Paixão do seu divino Filho. Gabriel, seu devotado filho a imitou, perseverando na meditação da Paixão e praticando a virtude da caridade para com todos, em especial, com seus coirmãos.
A caridade maior é a que se exerce em prol da salvação dos irmãos, o apostolado. O comportamento virtuoso de Gabriel, seu porte humilde, modesto e recolhido estimulava a todos a prática da virtude e suas palavras eram um verdadeiro bálsamo para os corações.  

NONO DIA
Morte preciosa de São Gabriel
Maria, após uma vida santíssima, viu chegar a sua “hora”, com o maior consolo e alegria. Foi o triunfo do Amor, a coroa de suas vitórias, o princípio do seu gozo eterno com o saudosíssimo Filho. São Gabriel sempre esteve a espera do seu Deus. Se o anúncio de sua chegada viesse na cama?... Continuaria a dormir. Se fosse enquanto comia?... Continuaria a comer, etc.
Com alegria Gabriel viu chegar a hora de sua morte. Os assistentes vendo-o tão jubiloso admiravam-se; estava tranquilo, feliz, com o pensamento em Deus e em Maria. Imóvel, extático, com o mesmo sorriso e olhar aberto, apertando ao peito a imagem do Crucificado e da Mãe Dolorosa, Gabriel espera a chegada do seu Deus e Senhor. Maria se antecipa, consolando-o e na quarta-feira de cinzas, dia 27 de fevereiro ele deixa este vale de lágrimas voando para o banquete das núpcias eternas com o seu Bem Amado.