Aconteceu...
Tivemos a alegria de comemorar com nossa querida Ir. Alaide suas bodas de Prata de Profissão Religiosa no dia 05 de maio. Segue abaixo seu testemunho vocacional e algumas fotos da celebração que gostaríamos de partilhar com todos!
Testemunho vocacional
Foi-me pedido para
dizer alguma coisa sobre mim, não tenho grandes coisas para dizer, numa coisa
me sinto feliz em dizer, sou igual a muitas jovens que já existiram e que
existirão na face da terra.
Eis meu testemunho:

Certo dia, aos
dezesseis anos, abri o livro “Caçador de almas” sobre a vida de São Paulo da
Cruz na página em que havia estampas de alguns Santos Passionistas e entre as
estampas estava a da Venerável Madre Crucifixa, Co-fundadora e primeira monja
Passionista, senti um Impulso interior para abraçar aquele mesmo estado de vida o
qual ela havia abraçado. E enquanto eu participava de um curso para catequistas
um sacerdote disse que na clausura havia grades e cortinas que separavam as
monjas das pessoas e eu disse interiormente: nunca vou para a clausura, vou
viver minha clausura na casa de meus pais. De certa forma vivi mais ou menos
como em uma clausura, o terreno da Igreja fazia divisa com o terreno de meus
pais, nesse período de minha vida ajudei minha mãe a cuidar de minhas irmãs
pequenas.
Aos vinte anos trabalhei num comércio e depois alguns dias numa
padaria (trabalhava mas sempre me sentia fora do lugar). Estando em casa
ajudava nos trabalhos domésticos e costurava. Gostava de fazer muitas visitas
ao Santíssimo Sacramento, não sei quanto tempo ficava. Namorei, porém quando
estava perto do namorado sentia interiormente confusa e perguntava a mim mesma:
é isso mesmo que eu quero? Sempre desejei algo que não passa e quando se casa
há separação com a morte do esposo ou filhos. Pedi a Santo Antonio que me
ajudasse a discernir e aquele jovem terminou comigo no dia que terminei a
trezena em honra de Santo Antonio. Inspirada na Profissão religiosa que assisti de
três jovens fiz, interiormente com elas, os votos de Castidade, Pobreza e
Obediência por três anos e não disse nada a ninguém. Decorridos esses três anos Deus me deu o selo
da vocação. Foi difícil sair da família onde meu pai já estava com os cabelos
grisalhos e havia crianças que necessitavam de serem
ajudadas, mas confiando n’Aquele que me
dava

Tenho 52 anos dos quais 27 estou no mosteiro e, se
antes tinha medo de fazer os votos e me sentir presa, após a emissão dos mesmos
senti uma liberdade interior muito grande, confiante que Aquele que me chamou
me sustentará até o fim na caminhada, sinto-me feliz e muito grata a Ele.
Quando encontro dificuldades por pequenas que sejam ou mesmo saudades da
família – porque ao abraçar a vida religiosa o amor fica mais purificado e os
amamos em Deus – então me apóio n´Ele e
Ele me ensina a caminhar com segurança, apoiada na sua palavra e nas Santas
Regras e vendo sua vontade nos acontecimentos diários.
Em Jesus e Maria,
Ir.
Maria Alaide Elena da Imaculada Conceição, CP